sexta-feira, 16 de março de 2012

Valeu São Paulo!

E eu que achei que com o meu amor de escrava, meu sonhos e minha alma submissa pudesse desbravá-la!
E eu que pensei que serias a minha eterna casa!
E eu que pensei que seria feliz respirando teu ar!
Linda e imponente nada devendo as grandes metrópoles do mundo,
não nos entendemos...somos fêmeas... Como nos entender?
Tiraste de mim a última gota de sangue,
Tiraste de mim o meu suor pela sobrevivência
Sozinha e sem conhecê-la.
Mostravas para mim o teu poder
e com coragem e movida pelo meu amor
tentei, tentei e tentei....
Dizias para mim entre buzinas e retenções
que aqui não era o meu lugar
Eu não conseguia  entender
Cegava-me o meu amor
Fitava o teu céu, entre nuvens e fumaças
E não acreditava...Eu estava sozinha enfrentando a tua força...
Me fez ter medo, me fez chorar,  me fez pensar, me fez parar sem poder parar
Aqui nada para!
Tinha que continuar... Vc não me venceria!
Até que quando meu amor ultrajado foi
Poderosa você se fez
Como se disesse: Eu mandei sinais, eu te dizia
Você não me entendeu
Você cheira a maresia, ao ar livre,
Você espera o segundo beijo
Aqui ninguém vai te ofertar...

A ti SAMPA eu me rendo!
Sozinha eu não sou capaz de vislumbrar o teu céu
Sozinha não sou capaz de ser feliz
Sozinha não sou capaz de fazer de ti
a minha casa.
Guarde contigo os meus sonhos, os meus segredos
Arquive-os como sonhos de uma não filha
que apenas amou e  acreditou
Vou embora cidade linda
Não te esquecerei
E para sempre a respeitarei como o palco
dos sonhos de irmãos brasileiros
vindos de longe.
Grata a ti SAMPA
Grata a teus filhos
que me acolheram
Grata por ter me ensinado
que o  lugar de mim
é perto dos meus.
Jamais sairá de meus pensamentos
e com humildade, rendo-me voltando a minha terra
na certeza de que é preciso continuar...

mirith sub


domingo, 11 de março de 2012